As várias cores da Pedra Azul
Sempre que pensamos no estado do Espírito Santo nos vêm à cabeça praias e calor, por estar ali tão pertinho da Bahia, mas que bom que sempre podemos nos surpreender. E na pesquisa de encontrar destinos novos entre nossa última cidade de Minas e a capital Vitória encontramos um lugar chamado Pedra Azul. Nome esse também do seu principal ponto turístico, e que pode ser avistado de vários pontos da pequena vila, leva esse nome por conta da camada azulada de musgos que muda de cor conforme a incidência de raios solares. A vila de Pedra Azul faz parte da cidade de Domingos Martins – ES.
O caminho entre Alto Caparaó – MG sentido Vitória – ES é repleto de paisagens e muitos, muitos quilômetros de plantações de café. Tantos aromas que, claro, a vontade de tomar um bom café quentinho vai aumentando e, que sorte a nossa, encontrarmos na estrada placas que indicavam à Casa do Café Teeiro. Além de um delicioso café, produzido na própria fazenda, uma broa de melado digna de louros e da citação aqui no Blog, eles ficam na Rodovia BR 262, km 180. Ali a dona Geusa nos deu as orientações necessárias para chegar à Pedra Azul. Ao contrário do que pensamos, a vila onde está a famosa pedra fica antes da cidade de Domingos Martins, isso nos economizou de voltar mais de 50 km’s.
Seguindo orientações e as placas, buscamos então o distrito de Pedra Azul – Aracê e já chegando na vilinha a grande rocha se destaca na paisagem. Pela Rota do Lagarto, pousadas, restaurantes e plantações familiares, além de um clima frio e com muita névoa, te remetem a uma cidade do sul do país. Como sempre, fomos direto ao Parque Estadual da Pedra Azul, para termos todas a informações de acesso, lá conhecemos as irmãs Rafaela e Manuela, do Chocolates Lugano, elas nos deram muitas dicas e o telefone do guia do parque, além de dicas de pousadas para podermos passar a noite.
O dia amanheceu e, como não conseguimos retorno do guia, resolvemos ir direto ao parque e ver como seria a visita. Ao chegar ao acesso ao parque há um estacionamento e, dali, seguimos a pé por 800 metros até chegar à área de recepção de visitantes. Lá estava o guia aguardando os turistas e nós nos juntamos ao grupo. O passeio guiado custa R$ 15 por pessoa, que inclui duas rotas: pé da pedra e piscinas naturais. A segunda só pode ser feita com guia autorizado, a primeira é uma trilha simples e gratuita, com placas informativas pelo parque.
O dia estava bastante fechado, com muita neblina e risco de chuva e foi por isso que o guia Carlos resolveu iniciar pela trilha das piscinas naturais. Cerca de 3,5 km de trilha, apenas o final dela é de grau difícil, cerca de 100 metros, pois é uma “escalada” na rocha. Não é necessário o uso de equipamentos, pois uma corda instalada serve de apoio para a subida e descida. Ao chegarmos ao final são várias piscinas formadas no meio das rochas, tudo a mais de 800 metros de altura. O frio e as águas geladas não animaram ninguém a nadar, mas a paisagem é fascinante.
A segunda etapa da trilha é mais amena e leva aos pés da Pedra Azul e onde a vista para a Pedra do Lagarto é muito mais nítida. Segundo a lenda local, quem chega pertinho da rocha ao tocá-la tem direito a um pedido, que com muita fé será realizado.
Após a ida ao parque e um pequeno passeio pelo vilarejo, que tem algumas poucas pousadas e restaurantes a oferecer, seguimos para a cidade de Domingos Martins. Famosa por sua colonização alemã, possui uma região chamada Campinho que é muito charmosa com suas construções em estilo alemão e restaurantes e cafés. Almoçamos por ali, num restaurante por quilo chamado Restaurante Caminho do Imigrante.
Essa região serrana do Espírito Santo foi uma surpresa boa, destas que com certeza indicamos a todos que gostam de aventura e de conhecer coisas novas.
Super Dicas:
– Pedra Azul fica a 46 km de Domingos Martins, 90 km de Vitória, 436 km de BH e 623 km do Rio de Janeiro. Para quem vai de São Paulo ou de outras cidades mais distantes, uma boa opção é um voo até Vitória e de lá seguir para Pedra Azul.
– O Parque Estadual da Pedra Azul possui apenas dois horários de visita guiada, aquela que leva às piscinas naturais, as 9h30 da manhã e 13h30 da tarde. Para garantir vaga nestes horários, o ideal é entrar em contado com um dos guias, pois pode ter excursões e não ter vaga no dia que for. Mas nem tudo está perdido, se não conseguir a visita guiada, a pequena trilha autoguiada pode ser feita a qualquer horário. Confira mais informações no site do Parque Estadual da Pedra Azul.
– Na busca por pousadas chegamos até a Estalagem Petra, conhecida como a Casa de Petra. Uma pousada com preço bom e que fica ao lado do posto de gasolina, toda em pedra e que vai te surpreender. Os quartos, além de suas paredes de pedras, possuem uma decoração toda rústica, nos sentimos em um castelo medieval. Eles não incluem café da manhã na estadia, mas a conveniência do posto dispõe de café e algumas opções de comidas. Na cidade também há uma simples padaria e alguns cafés que dispõem de café da manhã completo.
– Se estiver indo para Pedra Azul saindo de Minas Gerais, pela rodovia BR 262, aproveite uma pausa no Km 180 na Casa do Café Teeiro. Além do café e dos salgados, não deixe de provar a broa de melado. Hummm, vale cada caloria.
– Se vier de Vitória, a pausa pode ser em Domingos Martins. Se for para o almoço, o restaurante Caminho do Imigrante tem um buffet por quilo que além de ótimo custo benefício tem uma comida muito gostosa.
Mais imagens que marcaram neste destino:
Bom dia,gostaria de saber como estão fazendo esta viagem?
Estão de carro?
Olá, estamos fazendo de carro sim. Serão quase seis meses pelo Brasil.