Simmm chegamos ao topo do Brasil, chegamos ao estado do Pará. E nossa primeira parada, por dicas de amigos feitos pelo caminho, foi Salinópolis, mais conhecida por praia de Salinas. Ao norte de Belém, Salinas é uma das praias mais badaladas da região norte. É o ponto de encontro dos paraenses em feriados e férias.

Praia de Salinas, Salinópolis – PA, by Luciana de Paula, 2016

Salinas tem um estilo praiano bem diferente do que estamos acostumados, os carros param na areia, ao lado do guarda sol. Quando a maré vai subindo os carros vão fugindo rs.

De Salinas fomos para Belém, e ficamos bem no centro da capital paraense. Um lugar bem cosmopolita e que nos pareceu um pouco perigoso, o que não nos fez desistir de desbravar.

Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, Belém – PA, by Luciana de Paula, 2016

Fomos à Catedral de Belém, ao Espaço Cultural Casa das 11 janelas e foi lá que conhecemos o Museu Corveta Solimões dentro de um barco, navio da Marinha Brasileira construído na Holanda em 1954.

Corveta Solimões, Belém – PA, by Luciana de Paula, 2016

 Ficamos curiosos em conhecer o Mercado Municipal, mas nos falaram tanto que era perigoso que já chegamos lá cheios de preconceito e não curtimos muito. Sorte que bem ao lado está o Estação das Docas, um lugar estruturado que abriga restaurantes e lojas de artesanato e que fica às margens da Baía de Guajará. O pôr do sol é lindo ali. Gostamos tanto que voltamos no dia seguinte para curtir o happy hour da Cervejaria Amazon Beer, com petiscos e chopp à vontade. Dali saem alguns passeios de barco para aos arredores da capital.

Estação das Docas, Belém – PA, by Luciana de Paula, 2016

Saindo do porto das docas no galpão 9 pegamos o barco rumo à Ilha de Marajó. Lá nos aventuramos num passeio pela Fazenda São Jerônimo em Soure, embarcamos em uma lancha elétrica pelos igarapés da Baía de Marajó, caminhamos pelas praias de rio que foram cenário do programa ‘No Limite’.

Passeio de barco, Soure, Ilha de Marajó – PA, by Luciana de Paula, 2016

A grande aventura foi na volta do passeio, voltamos por trilha montados em búfalos. Muita emoção e diversão.

Passeio de Búfalos, Soure, Ilha de Marajó – PA, by Luciana de Paula, 2016

A Ilha de Marajó foi o destino mais ao norte de nossa viagem, como não conseguimos ir ao estado do Amapá, pois a balsa até lá duraria mais de 32 horas, consideramos Marajó como nosso ponto “Oiapoque”.

O estado do Pará é imenso, tem muito a ser conhecido, mas as longas distâncias e as péssimas condições das estradas nos fizeram deixar lugares que nos parecem incríveis como Alter do Chão e Santarém para uma próxima viagem, de preferência de avião. Viajar de carro é assim, temos que ter consciência das condições dos caminhos e dos limites do nosso meio de transporte para não transformar nossa viagem de aventura em desventura. Mas tudo que tivemos a oportunidade de desbravar já foi para nós uma experiência incrível.

Super dicas

– Como chegar: a cidade de Belém é uma capital grande e bem desenvolvida, e possui grande estrutura de cidade grande. Lá chegam voos de diversas cidades brasileiras. Para a Ilha de Marajó há o barco de passageiros que sai da Doca 9, ou a balsa que sai de Icoaraci, e que também transporta o carro. Ambos possuem horários restritos então pesquise bastante e fique atento à compra de bilhetes.

– O que fazer: do que visitamos em Belém curtimos muito a Estação da Docas, um happy hour lá é show, além de uma vista linda da baía e um pôr do sol daqueles. Na Ilha de Marajó não deixe de fazer o passeio à uma das fazendas, andar de búfalo é também uma experiência única. Gostamos muito da fazenda São Jerônimo, o dono é muito simpático. O passeio custou R$ 150 por pessoa (em Agosto de 2016), inclui andar de barco pelo Igarapés, caminhar pela praia, trilha na mata e o passeio montado de búfalo.

– Imperdível: comer é bom né, e poder experimentar sabores bem diferentes faz parte da experiência em conhecer a região amazônica. O açaí servido em Belém é totalmente diferente do que estamos acostumados a provar nas outras regiões, então ir a um restaurante local e provar essa iguaria servida in natura como acompanhamento do prato salgado vai ser uma super novidade. A vitamina de guaraná, misturada com um montão de coisa que nem sabemos o que, também é única ali. Agora o que eu realmente traria uma mala cheia se fosse possível são os sorvetes de castanha do Pará e açaí com tapioca servidos nas famosas sorveterias Caicó.